Incluo-me entre as pessoas que
tiveram o privilégio de conhecer Dr. Hélio Mota Gueiros pessoalmente. E pude
acompanhar a trajetória coerente que desenvolveu
como Prefeito Municipal de Belém, época em que, não obstante nascido em
Fortaleza, Ceará, tomou a si obras definitivas ao embelezamento, crescimento e progresso
de Belém. Se perguntassem como poderiamos sintetizar, no menor número de
palavras possível, a passagem de Dr.Hélio Gueiros pela Prefeitura desta cidade,
sem dúvidas poderiamos dizer: “coerência nas ações e amor por Belém”. Uma
personalidade digna de que registremos, da mesma forma, alguns trechos de sua biografia.
Nasceu aos 12 de dezembro de 1925. Chegou ao
Pará no final da década de 20, ainda menino. Seu pai,
Antônio Teixeira Gueiros, pastor presbiteriano, veio para Belém com o fim
precípuo de organizar a Igreja Presbiteriana no estado do Pará. Hélio Gueiros atribuía, sua facilidade de comunicar-se,
à experiência como um disciplinado jovem presbiteriano que ia à Igreja pelo
menos duas vezes por semana e que, a essa época até fundara um pequeno jornal.
Voltou a morar no Ceará e
formou-se, em 1949, no Curso de Bacharelado em Ciências Jurídicas e Sociais,
pela Faculdade de Direito de Fortaleza.
Não falava uma palavra em inglês,
mas, intelectual de alto nível, isso não o impedia que escrevesse documentos
oficiais com esmero, nesse idioma.
Consta[1] ter sido, nesse tempo, que a família Gueiros tomara contato com aquele que seria um dos mais poderosos caciques da política paraense: General Magalhães Barata. Assim que retornou a Belém, o recém-formado foi logo incumbido, por Barata, a seguir, como promotor, para Santarém.
Consta[1] ter sido, nesse tempo, que a família Gueiros tomara contato com aquele que seria um dos mais poderosos caciques da política paraense: General Magalhães Barata. Assim que retornou a Belém, o recém-formado foi logo incumbido, por Barata, a seguir, como promotor, para Santarém.
Entrou para a
política em 1958, a convite de já citado General Barata, e logo tornou-se suplente de Deputado Estadual,
tendo assumido uma vaga entre 1958 e 1962; neste último ano foi eleito Deputado
Estadual pelo Partido Social Democrata-PSD, chegando a líder durante o governo
Aurélio do Carmo entre 1962 e 1964.
Com
a instalação da ditadura militar, em 1964, Dr. Hélio Gueiros teve seu mandato
cancelado. Elegeu-se Deputado Federal com a fundação do Movimento Democrático Brasileiro-MDB, entre 1966 e 1970 quando, nesTe último, teve seu
mandato cancelado novamente e a suspensão dos direitos políticos. Após isso,
Hélio Gueiros foi eleito para o Senado Federal, em 1983, quando ainda
integrante do Partido do Movimento Democrático Brasileiro-PMDB.
Além de
professor, advogado e político, Dr. Hélio Gueiros exerceu o Jornalismo como
profissão. Com o General Magalhães Barata, na década de 50 ajudou a
fundar o jornal O Liberal, onde passou pelas funções de repórter, redator,
secretário, editorialista, colunista, redator-chefe e diretor-superintendente.
Foi, também, redator e editor da Folha do Norte e de O Estado do Pará. No
início da década
de 80 distinguiu-se como principal articulista de o Diário do Pará
e, ainda, como redator e apresentador do programa “Em Primeira Mão”, na TV
Marajoara. Ocupou uma
cadeira do Senado Federal de 1983 a 1987, foi Governador do Estado
do Pará de 1987 a 1990, e Prefeito de Belém de 1993 a 1996.
Em 2002 Hélio Gueiros candidatou-se
a Deputado Federal pelo PMDB, quando
obteve 18.682 votos, o equivalente a 0,7% dos votos válidos, o que lhe conferiu
a 6º colocação dos cinco eleitos, tornando-se, dessa forma, o primeiro-suplente
daquele partido.
suplente daquele partido.
Dr. Sérgio A. Frazão do Couto, então Presidente da OAB-Pará,
quando do recebimento do prédio-sede daquela Ordem, aos 5 de outubro de
1995,[1]
destacou, em seu discurso, que Dr. Hélio Gueiros “ocupou todos os cargos
políticos importantes deste Estado”.
Aos 15 de abril de 2011, vítima de falência renal, Dr. Hélio Mota Gueiros faleceu no início da tarde de uma sexta-feira[2], em sua residência, no bairro do Marco,
em Belém, deixando uma grande lacuna no Pará e no coração
daqueles que o amavam, o conheciam e o respeitavam.
Por Lise Veríssimo, em 15/04/2013.
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