SEJAM BEM-VINDOS, ECOAMIGOS!

Programa da Prefeitura Municipal de Belém criado pela Secretaria Municipal de Educação – SEMEC, instituído na Fundação Escola Bosque Professor Eidorfe Moreira através da Coordenadoria de Desenvolvimento Comunitário – CDC.



A troca de experiências será de suma importância para o melhor desenvolvimento de nosso trabalho e da articulação com as comunidades locais.



sexta-feira, 27 de março de 2015

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Pôr do Sol Cultural 2013


Acontecerá no dia 21 de Junho de 2013 à de 17:00 às 19:00h o primeiro Pôr do Sol do ano. O evento é idealizado pela Sociedade dos Artesãos e Amigos de Icoaraci a partir de uma proposta implementada pelo Ecomuseu da Amazônia nos anos de 2011 e 2012 em parceria com a referida comunidade. Este ano o evento terá a própria associação como dirigente do evento, mesmo assim o Ecomuseu da Amazônia/FUNBOSQUE continua apoiando de forma direta e comprometida com a comunidade.
O Pôr do Sol Cultural tem o objetivo de valorizar o artista regional, abrilhantando a Feira de Artesanato do Paracuri com apresentações de música, teatro, dança e outras expressões artísticas!!Vale a pena conferir!!!



quinta-feira, 13 de junho de 2013

Baile das Flores - Grupo Portal da Melhor Idade

No dia 06 de Junho de 2013 aconteceu na ilha de Caratateua o Baile das Flores do Ecomuseu da Amazônia, um evento apoiado diretamente pela Fundação Escola Bosque Professor Eidorfe Moreira. A iniciativa deste evento parte de uma preocupação do resgate da memória, buscando fortalecer diferentes iniciativas e práticas, nas quais enfatizam e valorizam a história das pessoas, de seus fazeres, de sua história.
O baile foi direcionado ao Portal da Melhor Idade, grupo atendido pelo Ecomuseu da Amazônia/Funbosque composto por moradores da ilha de Caratateua. Apesar da maioria dos integrantes do grupo apresentar idades de 35 a 90 anos, o cerimonial seguiu o modelo de um Baile de Debutantes, a fim de atender o desejo de muitos que no passado não tiveram a oportunidade de viver esse momento, além de reavivar a memória dos que já tiveram. Ao adentrar no salão os donos da noite foram recebidos pelo Presidente da Funbosque, Fabrício Modesto que fez questão de dançar a valsa com todos, participando dos parabéns e deixando uma mensagem especial aos presentes. A festa seguiu com o Buffet apreciado pelos convidados e familiares complementado com muita música e animação.

Assim, o Ecomuseu da Amazônia através da Fundação Escola Bosque segue empregando suas ações direcionadas por meio da história oral, da memória social local e dos patrimônios culturais e naturais de forma participativa, com o envolvimento comunitário nos saberes e fazeres populares.
Confira as fotos do evento.





segunda-feira, 6 de maio de 2013

Memória - DR. HÉLIO GUEIROS, o Prefeito que deixou sua marca.




            Incluo-me entre as pessoas que tiveram o privilégio de conhecer Dr. Hélio Mota Gueiros pessoalmente. E pude acompanhar a trajetória coerente  que desenvolveu como Prefeito Municipal de Belém, época em que, não obstante nascido em Fortaleza, Ceará, tomou a si obras definitivas ao embelezamento, crescimento e progresso de Belém. Se perguntassem como poderiamos sintetizar, no menor número de palavras possível, a passagem de Dr.Hélio Gueiros pela Prefeitura desta cidade, sem dúvidas poderiamos dizer: “coerência nas ações e amor por Belém”. Uma personalidade digna de que registremos, da mesma forma, alguns  trechos de sua biografia.
            Nasceu aos 12 de dezembro de 1925. Chegou ao Pará no final da década de 20, ainda menino. Seu pai, Antônio Teixeira Gueiros, pastor presbiteriano, veio para Belém com o fim precípuo de organizar a Igreja Presbiteriana no estado do Pará.   Hélio Gueiros atribuía, sua facilidade de comunicar-se, à experiência como um disciplinado jovem presbiteriano que ia à Igreja pelo menos duas vezes por semana e que, a essa época até fundara um pequeno jornal. Voltou a morar no Ceará e formou-se, em 1949, no Curso de Bacharelado em Ciências Jurídicas e Sociais, pela Faculdade de Direito de Fortaleza.
            Não falava uma palavra em inglês, mas, intelectual de alto nível, isso não o impedia que escrevesse documentos oficiais com esmero, nesse idioma.
Consta[1]
ter sido, nesse tempo, que a família Gueiros tomara contato com aquele que seria um dos mais poderosos caciques da política paraense:  General Magalhães Barata. Assim que retornou a Belém, o recém-formado foi logo incumbido, por Barata, a seguir, como promotor, para Santarém.
            Entrou para a política em 1958, a convite de já citado General Barata, e  logo tornou-se suplente de Deputado Estadual, tendo assumido uma vaga entre 1958 e 1962; neste último ano foi eleito Deputado Estadual pelo Partido Social Democrata-PSD, chegando a líder durante o governo Aurélio do Carmo entre 1962 e 1964.
            Com a instalação da ditadura militar, em 1964, Dr. Hélio Gueiros teve seu mandato cancelado. Elegeu-se Deputado Federal com a fundação do Movimento Democrático Brasileiro-MDB, entre 1966 e 1970 quando, nesTe último, teve seu mandato cancelado novamente e a suspensão dos direitos políticos. Após isso, Hélio Gueiros foi eleito para o Senado Federal, em 1983, quando ainda integrante do Partido do Movimento Democrático Brasileiro-PMDB.
            Além de professor, advogado e político, Dr. Hélio Gueiros exerceu o Jornalismo como profissão. Com o General Magalhães Barata, na década de 50 ajudou a fundar o jornal O Liberal, onde passou pelas funções de repórter, redator, secretário, editorialista, colunista, redator-chefe e diretor-superintendente. Foi, também, redator e editor da Folha do Norte e de O Estado do Pará. No início da década de 80 distinguiu-se como principal articulista de o Diário do Pará e, ainda, como redator e apresentador do programa “Em Primeira Mão”, na TV Marajoara. Ocupou uma cadeira do Senado Federal de 1983 a 1987, foi Governador do Estado do Pará de 1987 a 1990, e Prefeito de Belém de 1993 a 1996.
            Em 2002 Hélio Gueiros candidatou-se a Deputado Federal pelo PMDB, quando obteve 18.682 votos, o equivalente a 0,7% dos votos válidos, o que lhe conferiu a 6º colocação dos cinco eleitos, tornando-se, dessa forma, o primeiro-suplente daquele partido.
        suplente daquele partido.
         Dr. Sérgio A. Frazão do Couto, então Presidente da OAB-Pará, quando do recebimento do prédio-sede daquela Ordem, aos 5 de outubro de 1995,[1] destacou, em seu discurso, que Dr. Hélio Gueiros “ocupou todos os cargos políticos importantes deste Estado”.
            Aos 15 de abril de 2011, vítima de falência renal, Dr. Hélio Mota Gueiros faleceu no início da tarde de uma sexta-feira[2], em sua residência, no bairro do Marco, em Belém, deixando uma grande lacuna no Pará e no coração daqueles que o amavam, o conheciam e o respeitavam.

Por Lise Veríssimo, em 15/04/2013.


[1] http://pt.wikipedia.org/wiki/Helio_Gueiros
[2] http://www.sergiocouto.adv.br/discursos/11.htm
[3] http://catitosnews.blogspot.com.br/2011/04/morre-o-politico-helio-gueiros-aos-85.html

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Hélio Mota Gueiros: a redescoberta da Ilha de Cotijuba[1]


         A ilha de Cotijuba está subordinada à Administração Regional de Outeiro-AROUT, Região Metropolitana de Belém, estado do Pará, na região norte do Brasil, e localiza-se às margens da Baía do Marajó. Segundo o Anuário Estatístico de Belém (2008) a ilha dispõe de uma área de 15,95 km2 de extensão, com 20 km de praias, e belas paisagens, além de resguardar significativa riqueza da fauna e flora amazônica; em linha reta, encontra-se a 22 km da capital paraense.

        Segundo acervos bibliográficos pesquisados, os primeiros habitantes da ilha e adjacências, ocorreram à época da fundação de Belém (1616). Sem confirmação de data, para Santana (2002, p. 29) “os primeiros habitantes da ilha foram os índios Tupinambás, que a batizaram com o nome de Cotijuba, originado do tupi-guarani, significa caminho dourado (coti= trilha, caminho; e juba= amarelo, dourado), em alusão aos reflexos produzidos pela lua nos caminhos arenosos de coloração amarela”.
Na segunda metade do século XX ocorreu a redescoberta da ilha, o despertamento do interesse do poder público e, consequentemente, dos veranistas atraídos pela riqueza de sua biodiversidade e pela proximidade da capital paraense. E, a partir da década de 90, especialmente durante a gestão do então Prefeito Dr. Hélio Mota Gueiros (1993-1996)[2] a ilha passou a ser vista sob uma nova ótica, como um território de natureza intocada, um paraíso indescritível, um local aprazível para o lazer, para o ecoturismo e, consequentemente, para a sustentabilidade dos comunitários. Segundo Silva (2003, p. 52):

Essa representação paradisíaca encontra-se presente no imaginário popular local, após a completa extinção da Penitenciária, quando a ilha de Cotijuba passa a ser aclamada em jornais e revistas locais como a verdadeira ilha dos prazeres (Cotijuba, 2000), onde é possível manter encontros com a natureza (Cotijuba, 1997) e aventuras inesquecíveis (Cotijuba, 1999), expressando sua vocação natural (Prefeitura Municipal de Belém, 1997) à prática do turismo, intensificada desde 1994, com a criação da linha fluvial Icoaraci/Cotijuba/Icoaraci pela Prefeitura Municipal de Belém.

      A  presença de Dr. Hélio Gueiros como Prefeito, na ilha, foi decisiva ao aumento de renda da população de Cotijuba, possibilitando a exploração do agroextrativismo e dos horti-fruti-granjeiros, alternativas que continuam entre as comunidades da ilha, principalmente da área rural, uma vez que constituem um importante papel à renda dos comunitários.
         O poder público municipal, através de Dr Hélio Gueiros, estabeleceu, para funcionamento diário,  uma linha hidroviária de transporte para atendimento dos visitantes e da população moradora da ilha. E, propôs também, que a ilha fosse transformada em Área de Proteção Ambiental-APA, o que obrigaria a preservação de seu território, incluindo a fauna e a flora.
      A Lei N° 7.768/1995 instituiu a não permissão da circulação de veículos motorizados na ilha sem autorização da Administração Pública Municipal, exceto os que prestavam serviços de saúde, proteção policial, produção e escoamento agrícola. O então Gestor, conforme “O Jornal do Feio” (2009), preocupado com o patrimônio cultural da ilha implantou o sistema de transportes de charretes, serviço que funcionou normalmente à época, e se encontra atualmente em estado precário.
A preocupação do Prefeito Dr. Hélio Gueiros com as questões ambientais e a qualidade de vida da população ribeirinha - neste caso os habitantes da ilha de Cotijuba – fez com que houvesse uma conscientização sobre a necessidade  de um Plano Diretor (o qual foi proposto em 1994)  com base no Plano Diretor do Município de Belém, Lei 7603/93, Capítulo I das Diretrizes, cujo Art. 1º,  prevê:

O Poder Público promoverá o desenvolvimento de Belém pela melhoria da qualidade de vida de seus habitantes e usuários, resultante do fortalecimento de sua base econômica, partilha dos bens, serviços e qualidade ambiental oferecidos, obedecendo às diretrizes gerais e específicas estabelecidas nesta Lei, e cumprindo as determinações constantes da Constituição Federal e Estadual e da Lei Orgânica do Município de Belém.

      Tal Lei subsidiaria a proposta de um Plano Diretor para Cotijuba, o qual teria como objetivo o desenvolvimento econômico da ilha através da expansão urbana e rural como forma de garantir o bem estar individual e coletivo dos habitantes daquela. O Projeto de Lei do Plano Diretor proposto para Cotijuba em 1994 manteve as diretrizes gerais abrangentes e específicas da política de desenvolvimento do Município de Belém, determinou, em seu Art. 1º, para a ilha:

Esta Lei é o instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana e rural para fazer cumprir a função social da ilha de Cotijuba e da propriedade imobiliária. Visa ainda, orientar e integrar a ação dos agentes públicos distritais, municipais, estaduais e federais e os privados na produção, apropriação, consumo e gestão da referida ilha, com vistas a garantir o bem estar individual e coletivo dos seus habitantes.

      Entretanto, mesmo contendo diretrizes importantes para a ilha, o Projeto de Lei/94, em decorrência de vários fatores, não chegou a ser votado pela Câmara Municipal de Belém. Sintetizou, no entanto, as principais prioridades para a ilha à época, as quais, se aplicadas, poderiam ter impedido diversas ações, como a degradação do meio ambiente e o descontrole urbanístico, já que o Plano incluía também a política de produção e organização do espaço, assim como enfatizava normas próprias de parcelamento, uso e ocupação do solo, zoneamento de usos e zoneamento especial.
     Neste sentido, é importante salientar que a população da ilha, segundo o censo demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE (1991) tinha um contingente populacional de seiscentos e trinta e sete habitantes, enquanto o ano de 2000 segundo o mesmo Instituto, apontou o índice de um mil, oitocentos e sessenta e cinco habitantes. Entretanto pela última contagem, dessa vez  pela Fundação Nacional da Saúde- FNS (2010), os dados aumentaram consideravelmente e passaram para treze mil setecentos e quarenta habitantes, o que indica uma explosão demográfica na ilha.
         É pertinente afirmar que, o então Prefeito Dr. Hélio Gueiros já sinalizava, no período de sua gestão, preocupação com a preservação do patrimônio natural e cultural de Cotijuba e, consequntemente, a melhoria da qualidade de vida dos moradores, que praticamente já possuía um Plano Diretor, infelizmente não consolidado legalmente, nem em seu governo nem nos seguintes, uma vez que por decisão institucional optou-se pela utilização somente do Plano Diretor de Belém. No entanto, a estrutura organizacional proposta pelo Projeto de Lei conseguiu sensibilizar a gestão pública institucional que, mesmo sem a aprovação do Projeto, mas apoiada pelo Plano Diretor de Belém, estabeleceu algumas normas para essa microrregião, documento que continua sendo referência importante para a realização de vários estudos na Ilha de Cotijuba.



[1]Maria Terezinha R. Martins, Professora Doutora em Gestão Integrada de Recursos Naturais, Coordenadora do Ecomuseu da Amazônia-Fundação Escola Bosque Professor Eidorfe Moreira-Belém-PA/BR.
[2]Dentre as diversas atividades que desenvolveu, foi jornalista, advogado e político, exerceu mandatos como deputado estadual, federal, senador e,  ainda, o de Governador do Estado do Pará.

sábado, 6 de abril de 2013

FÓRUM DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DAS ILHAS

Dia 06 de abril de 2013 - Fórum de Desenvolvimento Sustentável das Ilhas - Coordenador pelo Pe. Jonas da Silva Teixeira, acontece na Ilha de Mosqueiro, no auditório da Escola Honorato Filgueira com inicio as 9:00 horas.
O objetivo do Fórum sensibilizar e motivar a participação da Sociedade Civil organizada e Instituições Públicas na busca de alternativas e soluções para a construção de um projeto estratégico focalizando o desenvolvimento sustentável das Ilhas, e a preparação para a 1ª Conferência do Fórum das Ilhas que acontecerá em Junho do ano em curso.